Confira o guia prático para você, síndico, não ser pego de surpresa com esse tipo de problema
A gestão de um condomínio envolve diversos desafios, especialmente quando surgem problemas que colocam os moradores e seu patrimônio em risco. Um dos mais críticos e comuns que um síndico pode enfrentar é a infiltração, por isso preparamos um guia prático para síndicos sobre como detectá-la, isolá-la e repará-la. Confira!
1. Identificação Rápida da Infiltração:
As infiltrações são extremamente prejudiciais para qualquer edificação e precisam ser reparadas o mais rápido possível. Elas geralmente se manifestam através de manchas no teto ou gotejamento. Portanto, é crucial que o síndico esteja sempre atento a esses sinais, especialmente nas garagens e nas lajes dos últimos andares, que são mais propensas a vazamentos.
Outros sinais de infiltração podem incluir:
- Bolhas na pintura ou no revestimento das paredes: Indicando umidade se acumulando sob a superfície.
- Descolamento de azulejos ou ladrilhos: A umidade pode comprometer a adesão desses materiais.
- Odor de mofo: Um sinal claro de acúmulo de umidade e possível crescimento de fungos.
- Aumento da umidade relativa no ambiente: Pode ser percebido pela sensação de ar mais pesado e um ambiente mais propenso a mofos e bolores.
Ter um plano de manutenção preventivo é fundamental para detectar problemas precocemente e minimizar os danos.
2. Isolamento Imediato da Área Afetada:
Ao identificar uma infiltração, o síndico deve imediatamente isolar a área afetada, especialmente se a infiltração estiver ocorrendo em locais como garagens, onde a água pode danificar a pintura dos carros devido aos sais minerais do concreto. Em áreas com móveis, tapetes ou carpetes, o mesmo cuidado deve ser tomado para evitar maiores prejuízos.
É essencial notificar os moradores sobre a infiltração e informar as medidas tomadas, para garantir que todos estejam cientes e evitar mal-entendidos.
3. Busca de Ajuda Profissional:
Quando as infiltrações ocorrem nas áreas privativas, o dever do síndico é exigir que o proprietário do imóvel responsável realize os reparos. Já quando ocorrem nas áreas comuns, cabe ao síndico organizar e supervisionar os consertos necessários.
Resolver infiltrações não é tarefa para o “faz-tudo” do prédio. As falhas na impermeabilização que causam infiltrações geralmente ocorrem devido ao uso de materiais inadequados ou mão de obra não especializada. Portanto, o síndico deve procurar empresas idôneas, com boas referências e que ofereçam garantias para os serviços prestados. É vital evitar soluções improvisadas e apostar em profissionais qualificados.
4. Escolha do Sistema de Reparo:
Optar por sistemas de impermeabilização modernos e duráveis é essencial. A tecnologia disponível hoje em dia oferece diversas opções que garantem maior durabilidade e qualidade. Considere fatores como:
- Clima da região: sistemas que resistem melhor a climas úmidos ou com grandes variações de temperatura.
- Tipo de construção: materiais que são mais compatíveis com a estrutura do edifício.
- Manutenção futura: sistemas que facilitam a identificação e reparo de futuros problemas.
5. Finalização do Reparo:
Após a conclusão do reparo na impermeabilização, é necessário realizar os consertos nos forros, tetos e paredes que foram afetados pela infiltração. Isso garantirá que o ambiente retorne à sua condição original, sem vestígios do problema. Certifique-se de usar materiais de alta qualidade para as restaurações, prevenindo a recorrência do problema.
6. Manutenção Preventiva e Monitoramento Contínuo:
Implementar um programa de manutenção preventiva nas áreas comuns do condomínio é crucial para evitar futuras infiltrações. Isso inclui:
- Inspeções regulares: verificar áreas propensas a infiltrações, como coberturas, garagens e fachadas.
- Limpeza periódica de calhas e ralos: garantir que a água seja corretamente direcionada e não se acumule em áreas críticas.
- Monitoramento de sistemas de impermeabilização: garantir que estejam em bom estado e funcionando corretamente.
Lidar com infiltrações requer atenção, rapidez e profissionalismo. Para síndicos, detectar os problemas cedo, isolar as áreas afetadas, buscar ajuda especializada e utilizar sistemas de reparo modernos são passos essenciais para uma gestão eficiente e responsável. Investir em manutenção preventiva e reparos qualificados não só resolve problemas imediatos, mas também protege o condomínio a longo prazo.