A média dos reajustes aplicados em 2008 representa a maior alta dos últimos 3 anos
A elevação anual das despesas ordinárias, tendo como principal fator o reajuste de 9% aos funcionários e os aumentos das contas de água e luz, elevaram substancialmente as cotas condominiais em 2008. A alta foi o dobro da inflação medida pelo ICV, que fechou o ano em 6,11 pontos percentuais.
As taxas de condomínio subiram em média 12% na Capital Paulista e segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o índice de aumento é o maior já registrado desde 2005.
A variação aparece em levantamento que mede o ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese. No ano passado, ele acumulou alta de 6,11% e foi puxado, principalmente, pelos aumentos de alimentos e do setor de habitação, entre eles o condomínio.
No ano passado, o que pesou mais na elevação dessa despesa foi o dissídio de funcionários, pois o reajuste de 9% sobre os salários a partir de outubro/08 reflete consubstancialmente na composição da arrecadação, pois na maioria dos prédios residenciais e comerciais, os custos com pessoal chegam a representar quase 55% da despesa total do condmínio.
A alta do IGPM, índice que reajusta os contratos de prestação de serviços, bem como, o aumento da conta de energia elétrica e água, também ajudaram a elevar o aumento anual para 12%.
Além desses fatores, os mais de 100 novos condomínios entregues no ano passado influenciaram a alta, segundo pesquisa realizada pelo Secovi. Isto porque a previsão inicial da taxa de condomínio é sempre baixa, sendo as mesmas reajustadas posteriormente, ao longo do ano, conforme a chegada dos moradores, e essa movimentação de certa forma também contibuiu para a elevação do índice de reajuste anual apurado.