Um alerta sobre a utilização da web para selecionar vítimas em condomínios
Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para adentrar os condomínios e cometer delitos contra os moradores. O que vem chamando atenção são os fatos ocorridos na cidade de São Paulo e interior do estado, onde ladrões, jovens e menores de idade bem vestidos e educados, se disfarçam de moradores e contam as mais diversas histórias para enganar porteiros, invadir os prédios e cometer o assalto.
No mês passado houve uma matéria que tratou sobre o tema e foi veiculada da seguinte forma: “Com preferência por árabes e chineses, ladrões usam a web para escolher vítimas em condomínios” – A Polícia Civil está investigando uma quadrilha que age dentro dos condomínios na região de Jundiaí (SP). O bando está chamando a atenção por ser formado por jovens que foram flagrados por câmeras de segurança usando roupas de grife. Conforme a investigação, antes de invadir os condomínios, a quadrilha faz uma pesquisa na Internet em busca de moradores que tenham sobrenome estrangeiro.
Os bandidos preferem árabes ou chineses, pois acreditam guardar joias e dinheiro em casa. A maioria dos suspeitos, com idades entre 18 e 22 anos, usa bonés para esconder parte do rosto, roupas de marca e sempre está com celular na mão. Para entrar nos condomínios, os ladrões fazem parecer que são moradores ou passam pela portaria conversando com alguém que vive no local. A polícia registrou seis casos parecidos de invasão em apartamentos da cidade nos últimos dois meses. Em um dos casos, uma idosa de 80 anos foi amarrada enquanto tinha os pertences roubados. Fonte: Portal G1 Sorocaba e Jundiaí, de 10/08/2018.
Como precaução, é importante ressaltar que o porteiro deve se esforçar para conhecer todos os moradores e ter em mente que ele não pode abrir o portão, para quem quer que seja, sem a devida identificação e certeza de ser condômino, podendo este ser criança, adolescente, mulher, idoso, estar bem ou mal vestido.
Nas entradas dos condomínios, as medidas de segurança iniciam-se pela identificação de toda e qualquer pessoa estranha que queira entrar no prédio, isso do lado de fora, perguntando-lhe o nome e com quem gostaria de falar, além de indagar qual apartamento irá visitar. Feito isso, deve-se obrigatoriamente entrar em contato com o morador, verificando a possibilidade de este recebê-lo, ou não. Sendo autorizado, dever-se-á franquear a entrada do visitante, cadastrando seus dados em livro próprio, ou ainda no sistema informatizado. Se não houver autorização expressa do morador, a comunicação fica vulnerabilizada e sem a devida credibilidade e, portanto não se devem abrir os portões.
De modo geral, os funcionários de portaria devem ser conscientizados que nunca podem abrir os portões sem a autorização expressa do morador, do zelador ou mesmo do gerente predial. Também é necessário que se invista em sistemas de controle de acesso automatizados e de alta tecnologia, os quais contenham dados e fotos de moradores, empregados domésticos e características completas dos veículos.
Por fim, todas estas dificuldades estão intimamente relacionadas com a falta de qualificação destes profissionais, visto que alguns síndicos acham desnecessário gastar com cursos específicos, que especializariam tais funcionários. Acima de tudo, deve-se ter em mente que agindo preventivamente e com conhecimento é que se poderá minimizar os riscos e dificultar o acesso dos ladrões que querem se aproveitar das vulnerabilidades e fazer os condomínios vítimas de suas artimanhas.