Crianças devem ser constantemente informadas sobre a utilização correta do elevador
É preciso, sim, aprender a usar o elevador. E os cuidados não servem apenas para quem mora em prédios. Algum dia você e seu filho vão precisar usá-lo, seja para visitar um amigo ou por outros motivos. Veja algumas regras que vão garantir a segurança de todos e evitam gastos frequentes com manutenção:
• Brincadeiras: Pular no elevador com os amigos não pode. Quando o sistema de segurança entende que algo está errado, ele trava, prendendo quem está dentro.
• Portas: Se o elevador tiver porta que precisa ser puxada, segure-a para seu filho passar. Como ela é pesada, pode bater nas costas da criança ou prender os dedos dela ao fechar. Se a porta for automática, cuidado para a mão do seu filho não ser prensada quando ela fechar.
• Fluxo: Evite colisões. Quem está dentro do elevador deve sair antes de as pessoas entrarem. Antes de entrar, certifique-se de que ele está no piso correto.
• Idade: Até os 10 anos, a criança não deve andar sozinha no elevador porque não tem condições de pedir ajuda se passar por alguma situação de emergência.
• Braile: Explique que as placas em braile ajudam pessoas com alguma necessidade especial; se alguém arrancá-las, essas pessoas não vão conseguir chegar ao destino delas.
• Botões: Repita incansavelmente ao seu filho que ele não pode apertar vários botões do elevador. Além de atrapalhar outras pessoas, há o risco de travar o equipamento.
Um levantamento do Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo, mostra que no Brasil existem mais de 300 mil elevadores em funcionamento. Metade dos equipamentos tem mais de 20 anos de uso.
A estudante Evelyn de Camargo Franco sofreu um acidente com um elevador no início deste ano em São Carlos. O elevador em que ela estava descia do sétimo andar e despencou ao chegar no quarto piso. A empresa responsável pela manutenção afirmou que a capacidade de pessoas estava acima do permitido. No momento do acidente 11 pessoas eram transportadas, quando o máximo permitido era seis usuários.
A antiga máquina foi substituída por uma mais moderna que possui sensores nas portas. Ela também possui um dispositivo que a trava, caso o peso máximo seja ultrapassado. Os moradores do bloco aprovaram a mudança e afirmam que se sentem mais seguros ao utilizar o equipamento. Eles também disseram que o susto os ensinou a prestar atenção nas regras de utilização.
As normas de segurança são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para evitar falhas no equipamento, os elevadores precisam passar por manutenção constante.
Segundo o presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, Reginaldo Peronti, as normas estabelecem que as máquinas sejam vistoriadas a cada 30 dias. Durante a manutenção, são realizados procedimentos, como ajustes no nivelamento e nos botões, e a lubrificação de cabos e guias.
De acordo com o presidente do sindicato, Fábio Aranha, desde 2000 as indústrias já produzem equipamentos com os itens de segurança adaptados.
O engenheiro José Fernando Ferreira Vieira afirmou que antes de usar o elevador as pessoas devem notar o nivelamento do equipamento com o andar em que elas estão. Caso ele apresente sinais como ruídos, vibrações, partidas e chegadas bruscas, os usuários devem comunicar a administração do prédio.
Apenas técnicos registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) estão aptos a realizar os trabalhos de manutenção e reparos.
Em caso de pane no sistema, os bombeiros devem ser acionados. As pessoas não devem tentar sair do equipamento sem a ajuda de alguém especializado que esteja do lado de fora do elevador.