O consumo de água está pesando significativamente nas taxas de condomínio e representando o segundo maior gasto dos edifícios residenciais de São Paulo. Em abril, ele teve participação média de 13,40% na composição dos custos condominiais, perdendo apenas para a folha de pagamento dos funcionários, composta pelos itens pessoal e encargos, que representaram, respectivamente, 35,96% e 16,12% dos gastos totais do condomínio. No acumulado de 12 meses, encerrados em abril/00, o consumo de água nos prédios foi responsável por 12,58% do valor das taxas de condomínio, em média, segundo o Índice Periódico de Variação dos Custos Condominiais, divulgado mensalmente pela AABIC. Para o presidente da entidade, o levantamento revela um dos grandes problemas dos edifícios, que é o desperdício. Segundo ele, como o consumo d’água nos apartamentos é rateado entre todos os condôminos, as pessoas não costumam dar importância à economia. O consumo é excessivo e, normalmente, os condôminos não adotam cuidados básicos, como por exemplo, solicitar inspeções periódicas das instalações hidráulicas, para verificar a existência de vazamentos. Em abril, as taxas médias de condomínio em São Paulo registraram ligeira queda, de 0,8 % em relação a março, confirmando o momento de estabilidade das despesas. Em 12 meses, o IPEVECON acumula alta de 4,67%, ficando bem abaixo da inflação medida pelo IGP-M, que foi de 13,20%. Alguns itens de despesa tiveram queda em abril, como pessoal (-3,71%), material de consumo (-3,87%) e administrativas (-6,40%). Outros grupos, como água, luz e encargos sociais (devido ao pagamento da contribuição sindical dos funcionários), registraram leve aumento e compensaram o resultado final do índice. Para maio e junho, segundo a AABIC, a previsão é de manutenção da estabilidade do IPEVECON.