As taxas médias de condomínio na cidade de São Paulo oscilaram acima da inflação em outubro: 1,19%, contra a variação de 0,38% do IGP-M, segundo o Índice Periódico de Variação dos Custos Condominiais, divulgado pela AABIC. No acumulado do ano, entretanto, o IPEVECON continua distante do IGP-M, variando apenas 0,59%, frente aos 8,95% do índice de preços. Em 12 meses, encerrados em outubro, os custos condominiais apresentam alta de 5,37%, enquanto a inflação foi de 13,57%.
Apesar da ligeira queda nas despesas de outubro com pessoal (-1,33%), energia elétrica (-1,30%) e material de consumo (-1,22%), outros itens do IPEVECON apresentaram aumentos significativos, tais como as despesas com encargos sociais (3,22%) – por conta do pagamento do custeio confederativo dos funcionários -, água (3,32%) e as chamadas despesas eventuais (3,11%), resultando na variação positiva do índice. Conforme previsão da AABIC, não houve impacto, em outubro, do dissídio de 7%, concedido aos funcionários de edifícios, o que deverá ocorrer no IPEVECON de novembro.
Segundo o presidente da AABIC, a pesquisa de novembro deverá acusar alta considerável das taxas condominiais, não só em razão do dissídio coletivo, mas pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. “”Normalmente, os condomínios registram forte elevação no último bimestre do ano, especialmente em dezembro, quando, além da segunda parcela do 13º, há os encargos decorrentes, como FGTS, e as gratificações de Natal””, afirma o presidente, concluindo: “”Somente os prédios que provisionaram o pagamento das despesas de fim de ano ao longo de 12 meses, não terão aumento significativo da taxa de condomínio””.